Paralisação serve também de exemplo para categoria

Após paralisação de cerca de quatro horas nessa segunda-feira, 11/11, impedindo a saída de carros, os rodoviários da empresa Pedrosa arrancaram uma reunião com a patronal. Uma comissão foi montada para iniciar a negociação com a diretoria executiva da empresa. Mas a história não foi tão fácil assim. Foi necessária uma postura firme dos trabalhadores. Isso porque o representante da empresa Pedrosa afirmou que só receberia o presidente do sindicato, mas como ele não foi – e disse que não iria – e os rodoviários se mantiveram paralisados, a patronal foi obrigada a receber a comissão da oposição CSP-Conlutas.

Na reunião que aconteceu na tarde desta segunda, a patronal se comprometeu em garantir as horas extras além do ticket de férias e em dias em que são apresentados atestados médicos, conforme o acordo coletivo de junho desse ano. A patronal também assegurou, seguindo a exigência da comissão, que não haverá retaliação nem perseguição junto aos manifestantes, mas os trabalhadores afirmam que ficarão sob alerta e, caso isso ocorra, novos protestos podem acontecer.

Essa paralisação está sendo considerada pela CSP-Conlutas como uma vitória da categoria, pois abre forte precedente para outras lutas em outras empresas de transporte público. “O sindicato não atende as necessidades da categoria, mas hoje todos sabem que é possível contar com a oposição rodoviária da CSP-Conlutas para lutar por seus direitos e avançar nas conquistas. Saudamos e parabenizamos os rodoviários da Pedrosa e reafirmamos a todos os rodoviários que estamos lado a lado nessa luta”, afirma Hélio Cabral, da CSP-Conlutas estadual.

Empresa Pedrosa
Segundo informações dos manifestantes, o dono da Pedrosa é o presidente da Urbana PE, o senhor Luiz Fernando Bandeira. A empresa, de acordo com o site oficial da Urbana PE, possui uma frota de 120 veículos e transporta mensalmente, uma média de 1.400.000 passageiros em 16 linhas.

ACESSE o site do PSTU-PE