Um dia depois dos atos em defesa do governo Dilma e contra o tido “golpe” da direita, Dilma Rousseff vem a Pernambuco para uma agenda de atividades.  Entre visitas e inauguração de obra no interior do estado, está articulada na parte da tarde uma reunião na FIEPE (Federação Indústrias do Estado de Pernambuco) com 60 empresários pernambucanos.  A reunião foi articulada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB).

Está prevista uma apresentação do petebista e dos ministros da Agricultura, Kátia Abreu, e do Planejamento, Nelson Barbosa, e da presidenta Dilma Rousseff. O objetivo da discussão na reunião é a apresentação do novo plano econômico, intitulado de Agenda Brasil.

Esse plano é de autoria do presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e foi apresentado nacionalmente na semana passada por Dilma.  É um pacote de medidas que aprofundam ainda mais o ajuste fiscal e os ataques aos trabalhadores. Entre as medidas que serão aplicadas está a regulamentação da terceirização, a cobrança de taxas no SUS e o seu desmonte enquanto serviço público, regulamentação de desvio de dinheiro público das áreas sociais para pagamento da dívida pública, imposição de idade mínima para as aposentadorias, além de investir contra os indígenas, propondo a revisão da regularização das áreas indígenas. Um pacotão de maldade para os trabalhadores, todo a serviço da manutenção da lucratividade dos empresários e banqueiros.

E o golpe, de onde vem?
Nesse dia 21, os sindicatos da CUT, movimentos sociais como o MST e políticos do PT foram às ruas de Recife e do Brasil gritar que não poderíamos deixar que o golpe fosse instalado em nosso país. Um dia após o ato, Dilma vem ao nosso estado, acompanhada dos representantes fieis dos empresários e latifundiários, como Armando Monteiros Neto, que representa o que existe de mais reacionário e a face mais suja das elites rurais e coronelista em Pernambuco, suspeito até de manter trabalho semiescravo em suas usinas, e tem como objetivo central da sua visita ganhar o apoio dos empresários pernambucanos para mais esse ataque.

 Isso deixa evidente que o golpe que está sendo jogando nas costas dos trabalhadores, para amenizar a crise econômica para os ricos, vem diretamente das mãos do governo do PT e seus aliados. E afirmamos sem nenhum receio de errar, que não existem motivos para irmos às ruas lutar por esse governo que traiu os trabalhadores e ataca duramente as condições de vida da população mais pobre.

Hoje, qualquer movimento que queira impedir a volta da direita tradicional, deve romper com esse governo e construir uma agenda de luta, independente do governo e dos patrões. Também não fazemos coro, dos que querem mudar para não mudar nada, como Aécio Neves, o PSDB,  DEM e o PSB. Eles sempre representaram os ricos em nosso estado e no Brasil. E estão todos juntos ao governador Paulo Câmara (PSB) aplicando os mesmo golpes nos direitos dos trabalhadores em Pernambuco. Basta lembra as 1900 demissões dos trabalhadores terceirizados que serão realizadas nessa semana no Recife sobre ordem direta dos empresários e do governador.

Um campo dos trabalhadores contra o governo Dilma e a oposição de direita
Precisamos seguir o exemplo do Espaço Unidade de Ação e a CSP-Conlutas e, em Pernambuco, chamar unificação dos movimentos sociais, as organizações como o PSOL e PCB, os sindicatos contra os ataques do governo Dilma (PT) e também os ataques proferidos pelo governo de Paulo Câmara (PSB) e construir um dia nacional de mobilização em setembro.  Só assim poderemos resistir e avançar na construção de uma alternativa de luta para os trabalhadores.