Enquanto o PT girou à direita, a partir da década de 90, para fazer esse tipo de alianças, o PCdoB sempre manteve essa postura. O stalinismo defende a estratégia de alianças com a burguesia desde a década de 30. O PCdoB, por exemplo, esteve na coligação que elegeu Fernando Collor para o governo de Alagoas.

Atualmente, integra o governo Lula com dois ministros. Um deles é Aldo Rebelo, coordenador político do governo e um dos principais responsáveis pelas articulações no Congresso para a aprovação das reformas neoliberais e do salário mínimo de R$ 260.

O PCdoB também é parte integrante da maioria da direção da CUT, junto com a Articulação, sendo co-responsável pelo apoio às reformas Sindical e Trabalhista do governo, além de dirigir majoritariamente a UNE, apoiando a reforma Universitária do Banco Mundial.

Nestas eleições, em apenas três capitais, o PCdoB apresenta candidaturas próprias. Nas outras, apóia as candidaturas do PT.

Em Manaus, a candidata Vanessa Grazziotini é apoiada pelo PT, em uma coligação que inclui o PL, partido burguês do vice-presidente José de Alencar. Além disso, também está na coligação o PRTB, o atual partido de Collor.

Em Fortaleza, Inácio Arruda, do PCdoB, tem o apoio da direção nacional do PT (que desautoriza publicamente a candidata do PT à prefeitura, Luizianne de Oliveira). Inácio Arruda conta com o apoio do PL, do Prona (do ultra-direitista Enéas) e do PPS.
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