No dia 7 de abril, mais de 2 mil trabalhadores na rede estadual de Educação protagonizaram um dos maiores, senão o maior ato de rua de Florianópolis desde a Revolta da Catraca, em 2003. Eles reivindicam a incorporação dos abonos e equiparação do piso aos demais servidores estaduais, além de todos os outros pontos da campanha salarial, entre elas a não terceirização de serventes, vigias e merendeiras, constantemente ameaçados e que também realizaram um vitoriosos encontros antes do ato.

O protesto percorreu as principais ruas da cidade, afetando o trânsito e chamando a atenção por onde passava. Era nítido o apoio que vinha das janelas e até mesmo de quem estava parado no trânsito, boa parte com filhos nas escolas estaduais e que conhecem a situação deplorável da educação pública de um dos estados mais ricos do país.

A categoria tem demonstrado que só sairá desse estado de mobilização com as reivindicações atendidas. Caso contrário, irá à greve. No dia 26 de abril, haverá uma nova assembléia, com indicativo de greve.

CONAT
Além da mobilização da campanha salarial, a categoria deu mais uma demonstração de garra e disposição de luta. Terminada a contagem definitiva das listas de delegados eleitos ao Congresso Nacional de Trabalhadores (Conat) uma bela surpresa: mais de 120 bravos lutadores de mais de 10 regionais do SINTE/SC devem ir ao município de Sumaré (SP), para se somar na construção da alternativa para as lutas da classe trabalhadora. A greve dos trabalhadores em educação de Santa Catarina mostra que não se pode esperar mais nada da CUT e que é urgente a construção de uma alternativa. Todos ao Conat!