Os servidores da Previdência Social estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 16 de junho. segundo o comando de greve, a paralisação vem crescendo e ganhando mais adesões em todo o país.

O movimento já atinge cerca de 20 estados (veja o mapa no final da matéria). Na maioria das capitais, não está havendo atendimento nas agências. Os atendimentos agendados por telefone estão sendo adiados.

“Os trabalhadores estão na luta enfrentando a repressão e o assédio moral praticado pelos gerentes executivos e Direção Geral do INSS, com ameaças diretas de punição que vão, além do corte de ponto, os descontos dos salários”, informa o comando em nota.

O governo tem pago diárias para servidores de outras regiões atenderem nas localidades em greve. O mais grave, porém, foi uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que proíbe greve e estabelece multa diária de R$ 100 mil em caso de manutenção da paralisação.

Para o comando nacional de greve, os trabalhadores devem “Intensificar a paralisação para consolidar a greve, paralisar os locais que ainda não aderiram, chamar os companheiros para a greve fazendo com que o movimento atinja seus objetivos de barrar e derrotar os ataques do governo às conquistas históricas”.

Os motivos
Os servidores protestam contra a imposição, pelo governo, do aumento da jornada de trabalho de 30 para 40 horas. Além disso, exigem o pagamento da gratificação por desempenho acordada com o governo, mas que não foi paga.

Os servidores exigem, ainda, a realização de concurso público para contratação de servidores para cobrir o déficit existente e um plano de carreira, cargos e salários (PCCS).

Ato em Brasília
Na terça-feira, 17, cerca de 4 mil servidores públicos das esferas municipal, estadual e federal de todo o Brasil marcharam na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra o PLP 092/07. Este Projeto de Lei cria as Fundações Estatais de Direito Privado, que privatiza diversos setores da administração federal.

O protesto também foi para que o governo Lula cumpra os acordos de reajustes salariais firmados com os servidores em 2008.

MAPA NACIONAL DA PARALISAÇÃO:
Santa Catarina: 65% na capital e 40 agências do interior
Distrito Federal: 65%
São Paulo: 60%
Paraná 60%: adesão de mais três cidades do interior
Rio Grande do Sul: 70%
Rio Grande do Norte: capital 60%; Mossoró 90%; interior 30%
Piauí: 65%
Minas Gerais: 70%
Espírito Santo: 55%
Rio de Janeiro: 70%
Pará: 90% na capital e 70% no interior
Mato Grosso do Sul: 80%
Amazonas: 70%
Paraiba: 60%
Ceará
Maranhão: servidores em greve na agência imperatriz (gerência)
Amapá: aprovada greve a partir do dia 24/6
Sergipe: realização de ato público dia 22/6
Pernambuco: realizando operação padrão
Goiás: paralisação de 24 horas dia 16/6 e assembleia dia 23/6

*Rondônia, Amapá, Mato Grosso e Alagoas estão em processo de construção da greve