Na manhã desta segunda-feira, 20, estudantes das escolas Polivalente, Luiz Dourado e Rosário, em Santa Cruz do Sul (RS), se negaram a entrar nas salas de aula em protesto à “enturmação” da governadora Yeda Crusius (PSDB). A medida vai colocar 50 estudantes em cada sala de aula para “redistribuir” os professores, demitindo os que estão em contrato de emergência e economizando com a educação pública.

Os ataques de Yeda à educação não são novidade. Há tempos, as escolas públicas vêm sobrevivendo com apenas 70% da verba destinada à educação. Yeda também precarizou o ensino com o projeto de municipalização, jogando as escolas estaduais sob responsabilidade dos municípios, abrindo, assim, espaço para privatização da educação pública.

Educação não é gasto: é investimento!
A paralisação de estudantes foi organizada pela União dos Estudantes Santa Cruzenses (UESC) e pela Conlute, junto com líderes de turma e grêmios estudantis. “Há muito tempo, o descaso dos governos com a educação vêm nos afetando”, disse uma estudante do colégio Polivalente.

Os estudantes também não esqueceram dos ataques do governo Lula que, só nos primeiros quatro anos de mandato, cortou R$ 130 bilhões da educação. Sem falar na reforma universitária, que cada vez afasta mais os estudantes da universidade pública. Com o dinheiro da compra de vagas nas universidades privadas, que só privilegia os tubarões do ensino, daria para dobrar o número de vagas em universidades públicas em todo país. Esta também é uma reivindicação dos estudantes secundaristas de Santa Cruz, pois não existe universidade pública federal na região.

Contra os ataques de Lula e Yeda, os estudantes santacruzenses continuarão lutando: em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Na próxima quarta-feira, 22, haverá nova mobilização. Desta vez, estarão juntos estudantes e trabalhadores, que vão tomar as ruas de Santa Cruz do Sul novamente, fazendo uma grande manifestação de toda a região do vale do Rio Pardo no Rio Grande Sul.

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