Operários exigem 10% de reajuste, cesta básica e política de classificação das mulheres operárias

Noventa por cento dos canteiros de obras estão parados na região metropolitana de Belém devido à greve iniciada pelos operários nesta segunda-feira (2). Nesta manhã, mais de 6 mil operários realizam uma passeata pelas ruas da capital.

Após um mês de negociação com a patronal, os trabalhadores da construção civil de Belém, Anananindeua e Marituba, no Pará, decidiram, em assembleia realizada nesta quinta-feira ( 28), entrar em greve pela falta de avanço nas negociações, principalmente das cláusulas sociais.

A campanha salarial é unificada e participaram da mesa de negociação os sindicatos de trabalhadores da construção civil de Belém, Anananindeua e Marituba. Juntas, essas entidades representam 35 mil operários.

Negociação
As empresas iniciaram as negociações oferecendo apenas 6, 38% de reajuste salarial. Na quarta-feira (28), houve um avanço e os patrões chegaram a oferecer 9% de reajuste. Entretanto, essas entidades devolveram a proposta e alertaram que, sem avanço nas cláusulas sociais, não haveria acordo.

Os principais itens apontados pelas entidades durante a reunião foram: 10% de reajuste salarial; cesta básica e uma política de classificação das mulheres operárias.

A reunião terminou num impasse e a patronal solicitou o prazo de até 18h, horário da assembleia da categoria, para tentar apresentar alguma outra proposta que não seja só o reajuste salarial. Nenhum avanço ocorreu e a categoria decidiu pela greve.

Trabalhadores pressionam
Os operários da construção civil de Belém, Anananindeua e Marituba enfrentam a enrolação dos patrões com mobilização e pressão.

Faz duas semanas que, todos os dias, cerca de 10 canteiros de obras das mais diversas empresas, de forma alternada, paralisam a produção por 2 horas. A pressão também incluiu o bloqueio do trabalho aos sábados.   Todas essas mobilizações são organizadas pelo sindicato da categoria, filiado à CSP-Conlutas.