O teatro de Nelson Rodrigues

A obra teatral de Nelson Rodrigues é composta de 17 peças, que, em sua edição completa foram divididas em quatro blocos: 1) Peças psicológicas: A Mulher Sem Pecado; Vestido de Noiva; Valsa nº 6; Viúva, Porém Honesta e Anti-Nelson Rodrigues; 2) Peças míticas: Álbum de Família; Anjo Negro; Dorotéia; Senhora dos Afogados; 3) Tragédias Cariocas I: A Falecida; Perdoa-me por me traíres; Os sete Gatinhos e Boca de Ouro; e 4) Tragédias Cariocas II: O Beijo no Asfalto; Bonitinha mas ordinária; Toda nudez será castigada e A Serpente.

• A melhor biografia de Nelson Rodrigues é intitulada O Anjo Pornográfico – A vida de Nelson Rodrigues, publicada por Ruy Castro, em 1992.

• Nelson foi um amante do futebol (fluminense doente) e escreveu algumas das melhores crônicas já produzidas sobre o esporte. Os textos estão reunidos em dois livros: A pátria em chuteiras (Cia das Letras, 1996) e À sombra das chuteiras imortais (Cia das Letras, 1996).

• Além de peças de teatro e crônicas, Nelson foi autor de vários romances folhetinescos assinados sob pseudônimos femininos. Os mais famosos foram os que foram escritos sob o nome de Suzana Flag com “sugestivos” títulos como Meu destino é pecar,(1944), Escravas do amor (1946) e Núpcias de fogo (1948)

Nelson nas telas
Existem cerca de 15 versões cinematográficas baseadas em peças de Nelson Rodrigues. Muitas delas, principalmente as realizadas na década de 80, têm qualidade mais do que questionável, particularmente por enfatizarem muito mais o erotismo vulgar (a exemplo das “pornochanchadas que faziam sucesso na época) do que mergulharem no complexo universo do dramaturgo. De qualquer forma, há boas versões, disponíveis em vídeo ou DVD, que merecem ser vistas: Boca de Ouro (Nelson Pereira dos Santos, 1962), Asfalto selvagem (J. B. Tanko, 1964), A falecida (Leon Hirszan, 1965), O beijo (Flávio Tambellini, 1966), Toda nudez será castigada (Arnaldo Jabor, 1973), A dama do lotação (Neville d´Almeida, 1978, com Nelson como co-roteirista), O beijo no asfalto (Bruno Barreto, 1980), Álbum de família (Braz Chediak, 1981) e Boca de Ouro (Walter Avancini, 1990).

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