A semana começou quente em Brasília. Em greve desde 2 de junho, os servidores federais estão iniciando uma jornada de lutas que vai de 20 a 23 de junho, contra a política de arrocho e reformas do governo Lula.

No centro de uma conjuntura tomada pelas denúncias de corrupção nas estatais e a compra de parlamentares via mensalão, o funcionalismo federal reunirá milhares de trabalhadores na Esplanada dos Ministérios, exigindo a apuração das denúncias e a prisão de corruptos e corruptores.

A marcha é uma iniciativa do Comando Nacional de Mobilização e tem como objetivo chamar a atenção da opinião pública para a luta do funcionalismo e, ao mesmo tempo, servir como alavanca para a unificação dos diversos setores para ampliar a greve. Ao final dessa jornada de mobilização, serão realizadas diversas plenárias das entidades no dia 24 e uma plenária nacional unificada, no dia 25 de junho, quando será feito um balanço das atividades e se discutirá o indicativo de unificação dos setores que ainda não estão em greve.

No marco de uma profunda crise institucional vivida pelo governo Lula, a jornada de lutas dos servidores precisa ser concretizada com a participação e o apoio de todos os segmentos da classe trabalhadora. Não dá para ter ilusão de que qualquer CPI possa ir fundo na apuração das denúncias, se não houver uma grande ação dos trabalhadores. Assim, é preciso fortalecer a luta do funcionalismo federal, que combina reivindicações salariais, como o reajuste emergencial de 18%, com a denúncia das maracutaias deste governo.

Os militantes do PSTU marcarão presença em Brasília, organizados nas caravanas que estão se deslocando de todos os estados do país.

Post author Paulo Barela, da Direção Nacional do PSTU
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