Luís Carlos Prates, o “Mancha”, da Conlutas, falou ao Portal do PSTU logo após o ato em São Paulo (SP). Ele disse que, para a central, o Dia Nacional de Lutas está sendo bastante positivo. Em todo o país, paralisações e manifestações “demonstram uma importante unidade de ação contra as demissões” segundo ele.

A Conlutas, contudo, apontou um culpado pelas demissões. “O governo Lula não tomou nenhuma medida de proteção aos trabalhadores contra os efeitos da crise, só beneficiou os patrões reduzindo o IPI e não apontou nenhuma medida que impedisse as demissões”, disse Mancha.

Outro ponto positivo apontado por Mancha foi a solidariedade internacional. No final da manifestação, foi comunicado que havia chegado uma mensagem de Honduras, enviada pela Frente de Resistência contra o Golpe. O anúncio foi muito aplaudido e se votou o repúdio ao golpe militar em Honduras.

Polêmica
Também surgiram diferenças importantes entre as forças presentes. O debate eleitoral foi antecipado pelos governistas mais uma vez, que rebateram as críticas feitas ao governo Lula.

Paulinho, da Força Sindical, disse que era preciso tomar cuidado com o que se falava, pois no ano que vem acontecem as eleições. Para ele, a tarefa é impedir que Serra (PSDB) ganhe.

Já Wagner Gomes, da CTB, central ligada ao PCdoB, disse que nas eleições de 2010 vai haver dois lados, um dos trabalhadores e outro do neoliberalismo. Disse que os trabalhadores não podem deixar o neoliberalismo vencer.

Focado na classe trabalhadora, Mancha respondeu que “a Conlutas tem lado e não é o lado do Sarney, nem dos corruptos do Senado”. O dirigente da Conlutas afirmou que tem que escolher um lado sim, e Lula escolheu um lado: foi o lado dos patrões”. Ele lembrou, ainda, que “as medidas que [Lula] adotou só servem para beneficiar os patrões e nenhuma delas defende o emprego dos trabalhadores”.