A inflação na Região Metropolitana de Fortaleza está fechando o mês de setembro como a mais alta do país, passando de 11%. O que puxou os preços para cima foi justamente os alimentos, a maior necessidade da população trabalhadora.
O trabalhador sente o aumento dos preços na pele e na mesa. Para pagar uma cesta básica na capital cearense, a mais cara do Nordeste, um pai ou mãe de família que ganha salário mínimo tem que trabalhar mais de 100 horas. Só o feijão aumentou 160% esse ano.
Enquanto tentam acabar com as feiras, que ainda são uma alternativa aos preços abusivos praticados pelas grandes redes de supermercados que dominam quase todo o comércio de alimentos, a prefeitura de Fortaleza e o governo do Ceará autorizam aumentos no IPTU, tarifa de ônibus, energia elétrica e na água. Eles não estão preocupados com os trabalhadores e com os pobres da nossa cidade.
Está se tornando impossível para uma família trabalhadora viver em Fortaleza. Principalmente para os mais de 230 mil desempregados que existem na região metropolitana hoje.
Para acabar com o aumento dos preços e garantir que os trabalhadores tenham condições de se alimentar e comprar os itens necessários à sobrevivência temos enfrentar os ricos, que ganham muito dinheiro com a miséria da população trabalhadora.
É preciso congelar os preços de alimentos e itens básicos de higiene e limpeza, autorizar a existência das feiras nos bairros, diminuir o preço dos impostos e tarifas como a agua, energia, IPTU e diminuir imediatamente a passagem de ônibus rumo à tarifa zero.
Somente com um governo dos trabalhadores, sem patrões e que seja dirigido por Conselhos Populares, que ouça as necessidades daqueles que suam todo dia pra levar o pão pra casa, é possível ter uma política para enfrentar o aumento dos preços e garantir uma vida melhor para os que mais precisam.
por Francisco Gonzaga, presidente Estadual do PSTU*
* Francisco Gonzaga é candidato à prefeitura de Fortaleza pelo PSTU