PERU
O governo Toledo está liquidando a estatal Petroperu (já privatizou La Pampilla, sua principal refinaria). Além disso, entrega a zona gasífera de Camisea a empresas estrangeiras. Diante do aumento do preço do gás, ocorreram grandes mobilizações de protesto e outras contra o impacto ambiental. Por exemplo, na região costeira de Chilca, formou-se a Frente de Defesa de Chilca contra a instalação de uma central termoelétrica (do grupo transnacional Tractebel), que contaminará a população local e demandará o fechamento de um praia de pesca e turismo, fontes de trabalho do povo. A Frente denuncia que a central “usará a água do mar para esfriar suas turbinas e a devolverá com 6º a mais de temperatura”, com efeitos desastrosos para todas as atividades da zona. Essa luta se soma à de Achuar em defesa do rio Corrientes, no Alto Amazonas, depois de trinta anos de contaminação por parte da empresa Occidental Petroleum.

ARGENTINA
Os trabalhadores da União de Trabalhadores Desempregados de General Mosconi (Salta), cansados de não serem ouvidos pelas empresas nem pelos governos estadual e nacional em suas reivindicações por postos de trabalho genuíno e pelo direito à aposentadoria dos ex-trabalhadores da YPF (demitidos com a privatização), ocuparam as instalações da Pluspetrol e da Panam na região e ameaçaram fechar as válvulas das torneiras que enviam gás ao Chile. Somaram às suas reivindicações a exigência de nacionalização dos hidrocarbonetos. A luta dos desempregados contra as petroleiras, exigindo trabalho, também ocorre em Pico Truncado (Santa Cruz) e aí também a resposta do governo foi uma feroz repressão, com inúmeros presos.

BRASIL
Vários sindicatos petroleiros, a Associação dos Engenheiros da Petrobras e organizações sociais e políticas lançaram uma campanha contra o leilão de novos poços de petróleo, que será em 19 de outubro. Para a data, está sendo preparada uma jornada de luta.

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