A grande interrogação que existe no país é como os trabalhadores vão responder à crise. O desemprego provoca inevitavelmente uma insegurança entre os trabalhadores, que têm de garantir as necessidades básicas de suas famílias. As direções reformistas se apoiam exatamente nisso para impor os “acordos com a patronal”, de redução de direitos e salários.

Trata-se de um golpe duro. Esses “acordos” são na verdade a pior das derrotas. A derrota sem luta, que desmoraliza e anuncia outras.

Depois de conseguido esse acordo, a patronal vai impor outros, cada vez mais duros, com a argumentação de que a crise piorou ou qualquer outra justificativa. E vai terminar, quase sempre, nas demissões.

As primeiras reações foram positivas, indicando uma disposição de luta, como nas mobilizações dirigidas pela Conlutas tanto na GM de São José dos Campos como em Itabira (veja abaixo). No ABC paulista, as manifestações dirigidas pela CUT tiveram um peso importante.

A crise vai aumentar, as demissões vão se generalizar. É inevitável que exista um aumento da insatisfação e da radicalização política. Mas o sinal mais importante do significado da conjuntura que está se abrindo será dado pela existência ou não de mobilizações dos trabalhadores em resposta aos ataques patronais.

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