Da capital do estado de Lara, onde chegou a altas horas da noite desta quinta-feira, Orlando Chirino, coordenador da União Nacional de Trabalhadores e dirigente da Unidade Socialista de Esquerda (USI), se dirigiu na primeira hora aos meios de comunicação para denunciar o ato criminoso de bandos armados que acabaram com a vida de Richard Gallardo, Luis Hernández e Carlos Requena, dirigentes da União Nacional de Trabalhadores no estado de Aragua.

Em suas declarações, Chirino exigiu do governo nacional e do novo governador de Aragua, Rafael Isea, um pronunciamento e o início de investigações que permitam deter e castigar os homicidas e identificar os autores intelectuais deste crime que deixa de luto o movimento sindical venezuelano.

Orlando Chirino informou que esteve em Aragua na tarde de quinta “mediando para a solução do conflito que se apresentou desde cedo na empresa Alpina” e, ao fim da tarde, depois de se reunir e de fazer uma avaliação com os companheiros da UNT Aragua, se dirigiu até Barquisimeto para cumprir responsabilidades sindicais nesta sexta, 28 de novembro.

Chirino pediu desculpas aos dirigentes sindicais do estado Lara por não poder atendê-los como era sua intenção, já que as circunstâncias o obrigam a retornar de imediato a Maracay para pôr-se a frente dos funerais de seus camaradas de luta e programar com o resto de dirigentes sindicais e trabalhadores da região as atividades de protesto contra este crime.

“Espero que este crime não fique impune como tantos outros. Em Aragua, já são sete os companheiros de nossa corrente sindical e de nossa organização sindical que foram assassinados nos últimos anos e até hoje as investigações não tiveram nenhum resultado”. Expressou, também, sua solidariedade moral com as famílias dos dirigentes assassinados e disse reforçar o compromisso de “seguir batalhando pela defesa dos direitos dos trabalhadores como faziam cotidianamente Richard, Luis e Carlos”.

Para finalizar, informou que está havendo uma Campanha Internacional para conseguir pronunciamentos de dirigentes sindicais e políticos de todo o mundo exigindo a investigação e o castigo aos criminosos. “Não vamos nos deixar curvar nem nos aterrorizar por bandos armados. Já enfrentamos por mais de trinta anos e seguiremos firmes em nosso propósito de lutar por uma sociedade socialista sem assassinos pagos, governada pelos trabalhadores”.