Arte de divulgação do Congresso

O 3° Congresso da ANEL vai acontecer em Campinas, na UNICAMP, entre os dias 04 a 07 de junho.

Está chegando o 3º congresso da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL). Dessa vez, o fórum vai acontecer em Campinas, na UNICAMP, entre os dias 04 a 07 de junho. 
 
O congresso será realizado num período de polarização social em nosso país. Há um processo de ruptura com a presidenta Dilma e com o PT. A juventude precisa se aliar aos trabalhadores nos enfrentamentos com o governo Dilma, o PMDB e a oposição de direita. O próximo congresso da ANEL estará a serviço dessa tarefa. 
 
Queremos mudanças e nenhum direito a menos!
O ajuste fiscal dos governos, incluindo os cortes no orçamento das áreas sociais, o PL 4330 e as medidas provisórias 664 e 665, ameaça o futuro dos jovens brasileiros. A juventude é um dos setores mais atingidos pelos ataques aos direitos sociais e trabalhistas. 
 
A escassez de verbas na educação vem diminuindo a assistência aos estudantes pobres e cotistas das universidades públicas e limitando o acesso ao FIES nas faculdades particulares. As restrições ao seguro-desemprego e o avanço das terceirizações vão afetar diretamente a nova classe trabalhadora. Além disso, o Congresso Nacional quer aprovar a redução da maioridade penal, medida que vai colocar na prisão a juventude negra da periferia, vítima da violência policial e do racismo institucional do Estado brasileiro. 
 
 
Juventude em luta por outro futuro!
A partir das jornadas de junho de 2013, a juventude vem ocupando o centro da cena política nacional. Em 2015, começamos com os atos contra o aumento das tarifas do transporte coletivo. Depois, vieram as mobilizações em defesa da educação. Estamos, hoje, nas ruas para barrar as terceirizações. No mês de maio, vamos às ruas exigir o fim da guerra às drogas.
 
Todas essas manifestações vão se encontrar no 3º congresso da ANEL, onde vão se reunir estudantes, jovens da periferia, dos movimentos de cultura e de luta contra as opressões, com o objetivo de debater propostas, trocar experiências e organizar a nossa resistência.
 
A UNE não fala em nosso nome!
Nos últimos treze anos, a União Nacional dos Estudantes (UNE) atrelou-se ao Estado e aos governos petistas, além de viver uma burocratização interna. A UNE foi cúmplice da limitação de nosso direito à meia-entrada cultural, da privatização do petróleo nacional e da precarização e privatização da educação brasileira.
Dirigida há décadas pela União da Juventude Socialista, ligada ao PCdoB, a UNE perdeu sua capacidade de mobilização. Os protestos de juventude e as greves estudantis não são mais organizados pela velha entidade.
 
 
Um novo movimento estudantil é possível!
A completa adaptação da UNE aos desmandos do governo federal fez a juventude buscar novos espaços de discussão e organização. No movimento estudantil, a reorganização da juventude encontrou na ANEL sua expressão mais avançada.
 
A nova entidade é um polo alternativo, baseado nos princípios da democracia de base, da independência financeira e política dos governos, da autonomia dos partidos, do classismo e do internacionalismo.
 
O PSTU se orgulha de ter participado da construção da ANEL. Agora, convidamos o ativismo e os movimentos de juventude a marcarem presença no 3º congresso da nova entidade e fazerem parte dessa história.
 
A UNE não é o lugar da juventude do PSOL
Os coletivos do PSOL são os principais parceiros do PSTU nas mobilizações em defesa dos interesses da juventude brasileira. Estamos juntos em várias frentes, na direção de muitas entidades estudantis.
 
A nossa unidade está fortalecendo os atuais combates contra o governo Dilma e a oposição de direita. Por outro lado, nós ainda estamos divididos nacionalmente, porque os coletivos do PSOL permanecem na UNE, legitimando a velha entidade burocrática e governista.
 
Dessa forma, insistem num erro. Quando se aprofunda a ruptura dos jovens com o PT e com as suas antigas direções, é hora de apontar com firmeza o caminho da organização independente dos estudantes. 
 
O 3º congresso da ANEL vai elaborar iniciativas que façam avançar concretamente a unidade orgânica entre a nova entidade e os setores que integram a oposição de esquerda da UNE. Com certeza, a ANEL vai dedicar todas as suas forças a esse projeto.
 
Porém, os coletivos do PSOL também precisam caminhar nesse sentido. É urgente romper com a UNE e abrir um debate sincero sobre a necessidade e a possibilidade de nos unificarmos nacionalmente.
 
A presença dos companheiros e companheiras do PSOL no 3º congresso da ANEL, mesmo que apenas enquanto observadores, já será um primeiro passo fundamental.