Ato do dia 28 na Paraíba
Redação

Se a vanguarda da classe trabalhadora deve, nas eleições, votar no PSTU e ganhar o máximo possível de trabalhadores para isso, precisa saber, também, que o governo guarda um pacote de maldades contra os pobres e em favor dos ricos para depois da votação.

A burguesia brasileira, frágil, covarde e associada ao capital estrangeiro, entrega o país e esfola o proletariado e a pequena burguesia. Não se importa com os mais de 160 mil mortos pelo Covid-19; não se importa em ter um Bolsonaro na presidência e um “Posto Ipiranga” no Ministério da Economia, nem em mandar milhões de pessoas para a miséria, desde que o “ajuste fiscal” garanta seus lucros, sua renda com os juros da dívida e a rapina do país.

É preciso organizar a luta unificada contra o fim do auxílio-emergencial, para barrar as demissões, em defesa da estabilidade no emprego, da redução da jornada sem redução de salários e por plano de obras públicas; contra a redução de salários, contra as privatizações e em defesa do meio ambiente, dos setores oprimidos (indígenas, quilombolas, negros, mulheres, LGBTs) e pelo direito à vacina para 100% da população. Contra esse pacote de maldades e para que os ricos paguem pela crise. É necessário construir um plano de lutas no rumo de uma greve geral.

As centrais sindicais (exceto a CSP-Conlutas) fizeram ato na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), defendendo isenção fiscal para grandes empresários (supostamente em defesa do emprego e do auxílio-emergencial). Mas isenção para grandes empresários nunca assegurou emprego. Pelo contrário, sempre ajudou a reduzir salários, a destruir a saúde, a educação e a aposentadoria.

Já passou da hora das direções das grandes centrais seguirem o exemplo da CSP-Conlutas e defenderem que os ricos paguem pela crise. É hora de lutar em defesa do emprego, do salário, do Sistema Único de Saúde (SUS), dos direitos, pela manutenção do auxílio-emergencial, contra a PEC Emergencial e as privatizações e para que os ricos paguem pela crise.

Os trabalhadores devem exigir daqueles que dizem que os defendem que se coloquem contra esses ataques. É necessário unificar as lutas e construir uma greve geral, com grandes manifestações (assegurando o distanciamento social e todos cuidados). O caminho a seguir é o das mobilizações como as do Chile, dos EUA, Colômbia e Bolívia.