Conat será também um espaço de debate, organização e luta contra o preconceito e a discriminaçãoO Conat também vai ser um espaço para debates sobre como enfrentar a discriminação racial e a opressão sexual. No segundo dia do Congresso serão realizadas plenárias das chamadas “minorias”: mulheres, negros e negras, gays, lésbicas e transgêneros.
Será o início de discussões necessárias da parcela que mais sofre com as políticas neoliberais aplicadas pelo governo Lula e apoiadas pela CUT e por setores dos movimentos sociais.

Neste espaço irão se encontrar mulheres que lutam contra o assédio moral e sexual em seus locais de trabalho e que estiveram nas ruas de Brasília, marchando contra a reforma da Previdência. Também estarão juntas as que lutam pela terra e as que lutam pela moradia.

Irão se sentar lado a lado os jovens negros vítimas da violência policial e as mulheres negras, que recebem o menor salário neste país.
Estarão neste espaço gays e lésbicas que protestam todos os anos, exigindo respeito e políticas públicas.

Todos estes setores que romperam com suas direções traidoras sabem que, com a burocratização e direitização de entidades do movimento, os setores mais explorados da classe trabalhadora acabaram praticamente esquecidos.
Se a direção da CUT se recusa a mobilizar a classe trabalhadora, por que tentaria mobilizar as mulheres? Se a Marcha Mundial de Mulheres apóia reformas neoliberais, como a universitária, por que lutaria de forma conseqüente pelo aumento do salário mínimo?

Dessa forma, as demandas femininas, de raça e orientação sexual se limitam a meras teses e pontos de programa, e dirigentes envolvidos com o tema se calam ou diretamente apóiam as políticas neoliberais.
Nós, que buscamos uma ferramenta de luta contra a opressão e a exploração, teremos de encontrar novamente o caminho da organização democrática. Auxiliando na construção de uma alternativa para os trabalhadores e voltando às ruas contra todo tipo de opressão e discriminação.

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