Disputas apontam consolidação da oposição em bancários e professoresDe 27 a 30 de junho, ocorreram as eleições para o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e região. A Chapa 1, da situação, capitaneada pela Articulação e Democracia Socialista, teve cerca de 71% dos votos. Apesar da vitória eleitoral da situação, a Oposição Bancária sai extremamente fortalecida do processo.

A Chapa 2, composta por militantes do PSTU e independentes, apesar de enfrentar todo o aparato do PT e da CUT, teve uma expressiva votação. Na primeira vez em que uma chapa de oposição concorre às eleições, conquista o significativo índice de 28% dos votos. Nos bancos públicos, a votação foi ainda maior. No Banrisul, banco estadual com cerca de 25% da categoria, a oposição teve mais da metade dos votos. Na Caixa Econômica e no Banco do Brasil, a votação da Chapa 2 ficou por volta dos 40%.

A oposição baseou sua campanha no balanço da greve nacional bancária do ano passado, denunciando o papel governista protagonizado pelo sindicato. Além disso, a campanha da oposição centrou-se na necessidade da desfiliação da CUT e construção de uma nova alternativa de luta.

Oposição avança no estado
Enquanto fechávamos esta edição, estava sendo concluída a apuração dos votos da eleição do CPERS/Sindicato, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Sul, o maior do estado. As eleições para a direção ocorrem simultaneamente às dos 42 núcleos regionais da entidade.

Três chapas concorreram na votação que ocorreu no dia 28 de junho. A Chapa 1, “Oposição para mudar o CPERS”, reuniu militantes do P-SOL, do PSTU, do Centro de Estudos e Debates Socialistas e independentes. A Chapa 2 era formada por militantes do PT e a Chapa 3 aglutinou setores de direita, como o PSDB.

A oposição teve uma importante atuação. Dos 28 núcleos regionais em que disputou, venceu em 13. Como em bancários, as eleições também foram marcadas pelo debate sobre a CUT. A oposição fez uma intensa campanha, indo para a base denunciar a maioria governista.

A corrente Democracia e Luta, da qual participam militantes do PSTU, avaliou sua atuação como extremamente positiva, consolidando um bloco de oposição, com um perfil bem-definido, servindo para construir a Conlutas na categoria.
Até o fechamento desta edição, 60% das urnas tinham sido apuradas, com cerca de 43% dos votos para a chapa da situação, contra 35% da oposição. Numa importante regional, a de Gravataí, a oposição, num resultado inédito, teve a maioria, levando a definição para segundo turno.

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