A chapa de oposição à Tribo (corrente da atual diretoria, que defende o governo Lula e a reitoria) ganhou as eleições no Sindicato dos Servidores da UFPA, o SINTUFPA. Com o nome “Mudança já – Oposição de luta no Sintufpa”, a chapa teve mais de 48% dos votos, enquanto a da Tribo ficou com 38% e o restante com uma terceira chapa. Defendendo um programa de luta contra o governo, a reitoria e suas reformas, a chapa composta por companheiros do PSTU, PSOL e independentes comprometeu-se em abrir o debate sobre a desfiliação do sindicato da CUT e a possível filiação à Conlutas.

A Tribo desenvolveu uma campanha com apoio da reitoria e apostando na despolitização, chamando a categoria a votar contra o PSTU e o PSOL. O resultado foi o inverso. Não bastasse isso, ainda aprovou a votação para um dia, tentando reduzir a votação no Hospital Universitário João de Barros Barreto, que trabalha por plantões e costuma votar na oposição. Apesar de diminuir o número de votantes, o golpe não deu certo e a categoria votou na oposição, com a maior parte vinda do hospital. Agora as três categorias (docentes, estudantes e técnico-administrativos) têm suas entidades dirigidas por opositores ao reitor e ao governo Lula. Num improvisado ato pós-vitória, Cláudio Rocha, servidor do hospital e militante do PSTU, falou que “está colocado a tarefa de varrer a CUT de nosso sindicato e construir a Conlutas, porque a CUT não fala em nome do servidor da UFPA”.