A apuração dos votos da eleição do Sindicato Estadual dos Professores de São Paulo (Apeoesp) terminou em 7 de junho. Ao todo, 65.990 trabalhadores votaram, quase 10% a mais do que na última eleição, em 2005.

A Chapa 2 – Oposição Unificada na Luta obteve 23.213 votos (35,18%), aumentando a participação na diretoria da entidade. A Chapa 1, ligada à CUT e à CTB, obteve a maioria dos cargos na diretoria executiva, obtendo 35.756 votos (54,18%).

A diretoria da Apeoesp é composta proporcionalmente pelo número de votos de cada chapa que obtiver um mínimo de 10% dos votos.

A Oposição Unificada reuniu ativistas da Conlutas, da Intersindical, da Oposição Alternativa, da Frente de Oposição Socialista, da Apeoesp na Escola e na Luta e da Alternativa Sindical Socialista. Apesar de não ter conseguido maioria no total geral da votação, a Chapa 2 foi vitoriosa na capital paulista (55,54%) e conquistou a maioria em importantes cidades do interior, como Ribeirão Preto, São José dos Campos, Barretos, Santo André e Franco da Rocha. Na Grande São Paulo, a Chapa 2 fez 49,92% dos votos.

No próximo dia 13, acontece a primeira assembléia dos professores de São Paulo após as eleições.

“A oposição deve estar À frente das mobiliza
Para fazer uma avaliação das eleições, o Opinião falou com José Geraldo, o “Geraldinho”, membro da Chapa 2

Opinião – Qual é sua avaliação do resultado das eleições?
Geraldinho – As eleições para nós foram muito positivas. Tínhamos como meta, se não vencer a eleição, pelo menos crescer dentro da entidade, criando um bloco político de contraponto à maioria da direção da Apeoesp. A Oposição, que tinha dez diretores executivos, passa a ter um a mais. Crescemos na diretoria estadual colegiada, de 40 para 48. Vencemos seis sub-sedes importantes do interior do estado e na capital. E, por fim, conseguimos confirmar nossa maioria na capital e na Grande São Paulo.

Quais são os próximos passos?
Precisamos responder a uma parte da categoria que esperava uma vitória nossa. Por isso, é preciso dar uma resposta política e organizativa para esses companheiros. Estamos pensando se não seria adequado criar um fórum de sub-sedes de oposições para disputar a entidade. Também é muito importante organizar nossa atuação no próximo dia 13, quando será realizada uma assembléia. Nela, possivelmente, vai se votar um plano de enfrentamento com o governo José Serra, uma greve. A oposição deve encabeçar as mobilizações.

Como estão os ataques do governo?
O governo Serra promoveu um novo ataque que mexeu com toda a categoria. O governo questiona os concursos públicos. Propõe que eles sejam regionais, o que dificultaria que a categoria chegasse a sua efetivação. Além disso, ataca os direitos dos efetivos. E ainda promove um ataque aos professores contratados, ameaçado com demissões em massa. Tudo isso levantou a categoria.
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