Depois da ruptura de 40% dos delegados com o XII Congresso da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a oposição deu mais um passo quando, no dia 3, realizou no Rio de Janeiro a primeira reunião da Coordenação Nacional dos Petroleiros (CNP).
A coordenação tem como principal tarefa levar para a base a luta contra a política de repactuação do plano previdenciário, medida implementada pela empresa que ataca o fundo de pensão da categoria, o Petros.

A repactuação dará fim ao contrato atual entre cada petroleiro e o Petros, com a assinatura de um novo contrato. Atualmente o fundo garante que os petroleiros recebam como pensão o mesmo salário que ganham na ativa. Com a repactuação, passariam a receber uma remuneração menor.

Participaram da reunião representantes de seis sindicatos e de várias oposições. Os petroleiros decidiram publicar um jornal relatando tudo o que ocorreu no congresso e os motivos da ruptura. Deliberaram também pela convocação de assembléias para votar uma posição contrária à repactuação. Também decidiram impulsionar a campanha salarial que a direção da FUP abandonou para fazer a campanha de Lula. Uma nova reunião será realizada no dia 16.

Depois, houve um ato com 500 pessoas contra a repactuação na administração da empresa. Segundo Clarkson Araújo, diretor do Sindicato dos Petroleiros de Alagoas e Sergipe, membro da Conlutas, foi o maior ato no Edise desde a greve de 1995. “Agora nossa principal tarefa é realizar assembléias e votar nossa posição contra a repactuação, além da pauta da campanha salarial. Vamos derrotar os governistas na base”, disse.

,b>Desespero entre patrões e FUP
As propostas dos governistas estão enfrentando o repúdio dos trabalhadores. Marcos Margarido, cipeiro da Replan e militante da Conlutas em Campinas, afirmou que as assembléias na base estão surpreendendo pelo repúdio dos trabalhadores à repactuação. Muitos petroleiros estão assinando o abaixo-assinado que não abre mão dos direitos adquiridos. Leninha, militante da Conlutas na Rlam em Salvador, informa que, nos últimos debates sobre o tema, a direção da FUP perdeu a cabeça e passou às agressões verbais enquanto era vaiada pelos trabalhadores.

Tal revolta está levando desespero à Petrobras, que resolveu partir para a ofensiva. O presidente da empresa, José Gabrielli, alertou que o plano poderá sofrer intervenção caso a repactuação maciça não ocorra.

Contra a repactuação
Por isso, a CNP decidiu realizar atos nacionais contra a repactuação nos próximos dias 10 e 11 nas portaria da empresa, onde os sindicatos de a consciência da categoria. Um grande embate aproxima-se.
Post author
Publication Date