Para se contrapor à pauta rebaixada de reivindicações apresentada pela direção da FUP (Federação Única dos Petroleiros) à Petrobras durante a campanha salarial, a oposição organizada no Base (Bloco Alternativo Sindical de Esquerda), ligado à Conlutas, venceu a barreira imposta pela direção cutista e apresentou uma pauta alternativa de reivindicações à direção da empresa.

A pauta rebaixada da FUP reivindica apenas 4,89% de reajuste salarial e um novo Plano da Petros (fundo de previdência complementar dos funcionários da Petrobras), defendida em conjunto com a CUT e o governo, apelidado de ‘Plano Gushiken’, que coloca em risco a previdência de milhares de trabalhadores.

Já a pauta elaborada pela oposição e a base da categoria, apresentada à direção da Petrobras pelo sindicato de Sergipe/Alagoas, o sindicato dos trabalhadores do Amazonas, Pará, Maranhão e Amapá e pelo sindicato do Rio de Janeiro, reivindica as perdas salariais da categoria desde o Plano Real, que acumulam 40% segundo o Dieese, aumento real de 5%, além da manutenção e ampliação da Petros, com os trabalhadores ocupando a maioria do conselho e da direção do fundo.

Nacionalização dos hidrocarbonetos
Outro eixo que marca a campanha salarial é a luta contra a quebra do monopólio da Petrobras e pela anulação do leilão das reservas petrolíferas, o 70 leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e o 20 levado a cabo pelo governo Lula. No próximo dia 17, a categoria se mobiliza contra o leilão e pela nacionalização sem indenização dos hidrocarbonetos, como parte da Jornada Internacional pela Nacionalização dos Hidrocarbonetos.

“Vamos realizar um calendário de lutas até o dia 16 de outubro, com atrasos na entrada dos trabalhadores e assembléias, além de defendermos uma paralisação de 24 horas no dia 17, primeiro dia do leilão”, explica Clarckson Araújo, diretor do Sindicato dos Petroleiros de Sergipe e Alagoas e da oposição à direção da FUP. Além disso, a oposição também impulsionará uma série de manifestações contra o leilão e a corrupção do governo Lula, exigindo o “Fora Todos” e o fim das reformas neoliberais. Os atos ocorrem dia 14 de outubro em Sergipe, dia 17 em Aracaju e 18 em Maceió.

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