Pauta alternativa à da CUT foi entregue aos banqueirosNo último dia 12 o Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB), ligada à Conlutas, entregou sua pauta de reivindicações alternativa à Federação Nacional dos Bancos, a Fenaban. No dia seguinte a pauta dos bancários dos bancos públicos foi entregue à diretoria da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

As pautas foram entregues pelos sindicatos dos bancários de Bauru, Maranhão e Rio Grande do Norte, além de representantes da Oposição de várias regiões do país. A oposição, ao contrário da Contraf/CUT, defende mesas de negociação separadas para os bancos públicos e privados. Além das reivindicações específicas, as perdas, embora sejam grandes para todos os bancários, são bastante diferentes.
Os bancários dos bancos privados amargam, em média, 31,34% de perdas, considerando a estimativa de inflação para setembro. Os trabalhadores do Banco do Brasil sofrem 92,32% de perdas e os bancários da Caixa Econômica Federal, 104,13%. Apesar disso, a CUT, que dirige a maioria dos sindicatos da categoria, propõe uma pauta rebaixada aos banqueiros.

Campanha Salarial alternativa
Diante disso, o MNOB iniciou uma discussão em todo o país sobre a necessidade de uma campanha salarial de luta. Após muita conversa com a base e a realização de um encontro nacional no dia 27 de julho, o movimento aprovou a pauta alternativa.
Os temas mais importantes debatidos pela categoria estão colocados na pauta. Além disso, a pauta mantém a discussão das perdas salariais desde a implantação do Plano Real, o que gera um índice alto e revelador da perda que os bancários tiveram desde então. Essas perdas, a CUT já abriu mão de reivindicar e agora eles só falam em aumento real, o que se constitui em mais uma forma de enganar a categoria.

Agora, o MNOB disputa na base da categoria a pauta de luta contra a pauta rebaixada da CUT. Em São Paulo, com a maior base bancária do país, o sindicato, ligado à CUT, recusa-se a realizar assembléia para discutir as reivindicações. Os bancários e a Oposição estão realizando um abaixo-assinado para exigir que o sindicato realize a assembléia e encaminhe a campanha salarial de forma democrática.

Além da luta pela defesa dos bancos públicos, o congelamento dos preços dos alimentos e o não pagamento da dívida pública, a pauta defendida pelo MNOB propõe, entre outros pontos, a reposição de todas as perdas desde o governo FHC, gatilho para reajustar automaticamente os salários assim que a inflação chegar a 3%, fim da mesa única da Fenaban e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 25%, distribuído de forma linear para todos os bancários.

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