As teses para o Congresso de Unificação da Classe Trabalhadora serão inscritas até 26 de março. Neste momento, várias entidades, movimentos e oposições ligados à Conlutas estão discutindo pré-teses em reuniões de ativistas e nos sindicatos. O objetivo é apresentar um documento que busque expressar as posições da maioria da Conlutas. O Opinião Socialista publicará, nesta e nas próximas duas edições, uma série apresentando os pontos políticos centrais que estão sendo discutidos nestas teses.

Este documento representa também uma síntese de posições de várias organizações políticas e grupos que constroem a Conlutas. Participam os militantes e simpatizantes do PSTU, o grupo do funcionalismo público do Maranhão; o Coletivo Paulo Romão (Sepe/RJ); o Bloco de Resistência Socialista do Psol, que reúne as correntes LSR, AS (RS), ARS (PA) e Reage Socialista (RJ). E também dirigentes sindicais independentes de várias partes do país. Para além dos que assinam a tese, existe um debate com outras entidades, movimentos e agrupamentos da Conlutas, para apresentar resoluções políticas comuns nos dois congressos, o da Conlutas e o de unificação.

O governo Lula e as tarefas dos movimentos sociais
O congresso deve discutir um programa anticapitalista, que enfrente a política econômica do PT e da oposição de direita. E apresentar esse programa aos candidatos dos trabalhadoresPor uma plataforma política dos trabalhadores
Mas os trabalhadores não estão derrotados, como se viu nas campanhas salariais do segundo semestre, onde importantes categorias arrancaram reajustes acima da inflação.
A tarefa do Congresso de Unificação é aprovar uma plataforma política dos trabalhadores que parta das suas reivindicações mais sentidas, como empregos e reajustes, mas que indique um movimento nacional e unitário que derrote a política econômica.

Somente a luta independente contra patrões e governos pode colocar em xeque o atual sistema econômico e abrir caminho para que os trabalhadores lutem diretamente pelo poder, apontando a estratégia do socialismo.

A prioridade da nova organização deve ser a luta direta dos trabalhadores. Mas também é necessário que o congresso debata as eleições. Propomos rejeitar a falsa polarização entre Serra e Dilma que, embora se enfrentem, defendem a mesma política econômica. E também todas as candidaturas burguesas, como as de Ciro Gomes e Marina Silva, que tentam aparecer como alternativas, mas representam a mesma política dos últimos governos.

Nossa proposta é que o Congresso de Unificação apresente um programa anticapitalista e socialista aos partidos da classe trabalhadora que são oposição de esquerda ao governo Lula e à oposição burguesa. Defendemos uma alternativa independente política e financeiramente da burguesia, que se apoie nas lutas e defenda nas eleições as bandeiras históricas dos trabalhadores, acumuladas em anos de lutas.

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