Passeata é duramente reprimida pela polícia do governoNa última terça-feira, dia 4, trabalhadores da Siderúrgica del Orinoco (Sidor) organizaram uma grande passeata e foram duramente reprimidos. O protesto ocorreu quando os trabalhadores aguardavam para serem atendidos por membros de uma comissão composta por deputados da Assembléia Nacional (Parlamento venezuelano), representantes do Ministério do Trabalho e do governo. Os trabalhadores esperavam formalizar na comissão sua reivindicação – não aceita pela empresa – de aumento salarial de 60 bolívares diários.

Mas a passeata se converteu em um protesto massivo. Destacamentos da Guarda Nacional (polícia de Chávez) entraram em ação e reprimiram com bastante violência os trabalhadores, utilizando gás lacrimogêneo e bombas para dissolver a manifestação. Sete ônibus foram incendiados pelos trabalhadores da siderúrgica.
A greve começou como uma paralisação de 48 horas, mas agora se tornou uma greve por tempo indeterminado.

A Sidor é uma grande siderúrgica do país e foi privatizada em 1997. Desde então, os trabalhadores sofrem um duro arrocho salarial e contínuos golpes na sua convenção trabalhista. Além disso, é a principal exportadora privada da Venezuela e, segundo o Instituto Latino-Americano de Ferro e Aço (Ilafa), é a maior produtora de aço da Comunidade Andina e a quarta da América Latina.

Por seu valor estratégico, Chávez já ameaçou nacionalizar a empresa. Contudo, isso não passou de mais uma promessa não cumprida pelo venezuelano.

Post author Da redação
Publication Date