Trabalhadores no Maracanã realizam segunda greve em menos de dois meses. Operários do Mineirão também pararam.Os operários responsáveis pela reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 entraram novamente em greve. Os 2.500 trabalhadores cruzaram os braços no dia 1° de setembro e reivindicam melhores condições de trabalho. No entanto, os trabalhadores foram obrigados a voltar ao trabalho, no último dia 19, após o Tribunal Regional de o Trabalho considerar a greve como “abusiva”.

Os operários denunciam que o consórcio de empresas responsável pelas obras (formada pelas empreiteiras Delta, Odebrecht e Andrade) não fornece condições ideais de trabalho, além de descumprirem acordos anteriores.

Essa já é a segunda greve dos operários em menos de um mês. No início de agosto, uma grave também paralisou as obras do Maracanã. Segundo o sindicato da categoria, o Sitraicp, no dia 21 de agosto a primeira greve foi encerrada quando o consórcio assinou um acordo que previa aumento do valor da cesta básica para R$ 160 reais a partir do dia 1° de setembro. Além disso, o acordo previa plano de saúde para os trabalhadores titulares na mesma data, além de abono dos dias parados, sem desconto em folha. Mas os patrões não cumpriram sua parte, por isso os trabalhadores resolveram parar novamente. Alguns trabalhadores também reclamaram das refeições que lhes são servidas.

Paralisação no Mineirão
Os operários que trabalham nas obras do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte (MG), também paralisaram as atividades nos dia 15 e 16. Eles fizeram uma manifestação dentro do canteiro de obras pedindo reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Já no dia 16, os trabalhadores cobraram da presidente Dilma Rousseff, que esteve na capital mineira na cerimônia de abertura da contagem regressiva de mil dias para o início do Mundial.

As reivindicações são sobre melhorias nas condições de trabalho e o cumprimento do acordo firmado depois da primeira paralisação, ocorrida em junho e que durou cerca de uma semana. Na época, os trabalhadores negociaram melhores condições de trabalho com o grupo Minas Arena, formado pelas empresas Construcap S.A. Indústria e Comércio, Egesa Engenharia S.A. e Hap Engenharia Ltda. Eles pediam reajuste salarial de R$ 925 para R$ 1.200, para pedreiros, e de R$ 605 para R$ 1.000 para ajudantes.
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