Trabalhadores da Construção Civil da capital paraense estão parados desde o dia 5Em assembleia realizada nesta quinta-feira (8) os operários da construção civil de Belém decidiram continuar a greve deflagrada na última segunda-feira (5). Segundo informações do dirigente do Sindicato da Construção Civil do Pará, Atnágoras Lopes, mais de mil trabalhadores participaram da reunião que culminou em mais uma passeata pelas ruas da cidade. Esses operários partiram do sindicato da categoria com destino à sede do sindicato patronal, cujo objetivo era tentar retomar as negociações com as empresas do setor, porém não foram recebidos.

A greve continua nesta sexta-feira (9) e, neste dia, os operários, pretendem voltar ao sindicato da patronal para negociar.

Além dos trabalhadores terem que enfrentar a intransigência da patronal em não atender suas reivindicações, a Justiça determinou que as manifestações da categoria terão que ser feitas a uma distância de pelo menos 20 metros dos canteiros de obras. Caso a determinação seja descumprida, o sindicato pagará multa de R$ 50 mil.

Apesar disso, a categoria continua determinada em sua luta, e promete para hoje uma nova manifestação.

O setor da construção civil cresceu 8% em relação ao ano passado e alcançou o top de 12% do PIB, segundo dados divulgados pela Agência Estado. Isso demonstra o capital acumulado nos últimos anos pelos empresários. Ou seja, dinheiro é o que não falta. Porém, mesmo diante desses lucros exorbitantes, atualmente os pedreiros não submetidos ao salário de apenas R$ 800,00 e os serventes de R$ 570,00.

Reivindicações
A nova proposta votada pela categoria na assembleia nesta quinta é de aumentar o salário pago aos pedreiros para R$ 950 e para os serventes R$ 670,00.

Além disso, a categoria reivindica cesta básica no valor de R$ 80,00; plano de saúde e 10% de vagas reservadas para as mulheres.

Na proposta apresentada pela empresa de reajuste de 10%, esses valores ficariam em R$ 880,00 e R$ 630, respectivamente.

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