O fracasso das negociações de renovação dos contratos salariais entre a gigante do setor automobilístico General Motors (GM) e seus empregados nos Estados Unidos resultou numa greve em diversas fábricas desde segunda-feira, dia 24. Aproximadamente 73.000 empregados cruzaram os braços e instalaram piquetes em frente às fábricas nos estados do Michigan, Ohio e Kansas. O sindicato que os convocou foi o United Auto Workers (UAW).

O contrato salarial, obtido em 2003, expirou dia 14 de setembro e foi sendo reconduzido de hora em hora desde então. A direção da empresa e o sindicato continuaram as negociações desde o final do contrato e chegaram a entrar em acordo sobre pontos como a proteção social aos operários aposentados. Porém até a manhã de segunda-feira os demais pontos não foram resolvidos e o UAW decretou greve nacional. Os operários da GM não se mobilizavam desde 1998 e o UAW não chamava à greve nos marcos de renegociações salariais desde 1976.

Importância da greve
A greve é de tal importância que até a Casa Branca se pronunciou a respeito, pedindo que sindicato e empresa se coloquem de acordo o mais rápido possível. Analistas econômicos estão alarmados e dizem que, caso a greve chegue a durar um mês e seja acompanhada pelos operários da Ford e da Chrysler, a economia pode recuar mais de 1% no quarto trimestre do ano. Isso seria particularmente grave numa economia que está sofrendo o baque da crise imobiliária.

Com informações do Le Monde online