Assembleia dos operários do Comperj

Na última quarta-feira, dia 06, os operários da construção civil do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), cansados dos desmandos da patronal, declararam greve por tempo indeterminado.

A greve foi decretada em uma assembleia lotada, com quase 15 mil trabalhadores. Desde o início, a única palavra de ordem que se ouvia era “greve, greve, greve”. Na primeira assembleia, a categoria aprovou uma pauta com as seguintes reivindicações: aumento salarial de 12%, garantia de “horas in tinere” (pagamento das horas de trajeto casa X trabalho), aumento do vale refeição entre outras.

Porém, na terceira assembléia, a que decretou a greve, receberam uma contraproposta da patronal de aumento de 7,5% no salário e no vale refeição , mas sem o pagamento das horas in tinere.

Depois da reivindicação pelo aumento salarial, a segunda maior reivindicação dos trabalhadores é as horas in tinere devido ao tempo que se gasta para chegar ao Comperj, de difícil acesso. Não existe transporte público que passa por lá, apenas os ônibus das empresas e carros.

A obra do Comperj é a terceira maior obra do PAC 2, do governo Dilma, e também o maior investimento individual da Petrobrás na história. A obra possui investimentos calculados em R$ 22,1 bilhões.

O governo Dilma tem que intervir desde já em favor dos trabalhadores do Comperj. A direção do Sindicato, ligado à CUT, que na última greve foi atropelada pela categoria, estava com a proposta de paralisação para depois do carnaval e sem um plano de lutas. Novamente, os trabalhadores passaram por cima da sua direção pelega e decretaram greve.

A luta para garantir conquistas está apenas começando. A construção civil já deu demonstrações que não esta disposta a aceitar os abusos dos patrões e dos governos de plantão. Unidos, os trabalhadores podem sair vitoriosos de qualquer batalha! Desde já, o PSTU está solidário aos trabalhadores da construção civil do Comperj.