Trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) fizeram uma manifestação na última quarta-feira, 19, em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 15 mil pessoas participam do protesto. A Tropa de Choque da PM entrou em ação para reprimir os operários. Balas de borracha foram utilizadas. Um ônibus foi usado como barricada pelos manifestantes, que também se armaram com paus e barras de ferro.

Os operários realizavam um piquete impedindo a troca de turno entre os trabalhadores da unidade. Também bloquearam a pistas da RJ-116. A manifestação é contra o acordo de mentira feito com o sindicato da categoria para encerrar a greve dos operários.

Na última segunda-feira (17) a categoria resolver acabar com a greve que seguia desde o dia 5 de fevereiro. Segundo o sindicato (filiado à CUT), foi aprovada a proposta patronal de um reajuste de 9% nos salários e um aumento no benefício de vale alimentação, que passou de R$ 360 para R$ 410.

Na última quarta-feira, 19, porém, os operários descobriram que foram enganados. As principais empresas envolvidas nas obras do Comperj, entre elas a Odebrecht, não teriam feito nenhuma proposta, como disse o sindicato na assembleia de segunda-feira. Diante dessa manobra para pôr fim à greve, os operários da Comperj iniciaram uma nova paralisação em praticamente todos os canteiros de obras. A greve, portanto, poderá ser retomada a qualquer momento.

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