PL é uma necessidade para barrar crimes contra homossexuais
Sérgio Koei

Organização da resistência: a Marcha contra a Homofobia, que aconteceu em São Paulo no dia 19 de fevereiro, foi motivada por uma série de ataques fascistas a homossexuais. Veja, abaixo, um breve histórico dos fatos na capital paulista.14 de novembro: Quatro menores e um maior de idade agridem covardemente – com socos, pontapés e lâmpadas fluorescentes – três rapazes nas proximidades da Av. Brigadeiro Luís Antonio.

Final de novembro: O chanceler da Universidade Mackenzie emite uma declaração contrária à aprovação da PLC 122/06, afirmando que “ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo (sic) não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos”. Ainda segundo o reacionário, “as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil [controladora da instituição] firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação”.

Início de dezembro: Conversas e articulações no Facebook levam centenas de pessoas para a frente do Mackenzie para protestar contra as declarações da universidade.

4 e 5 de dezembro: No sábado, dois homens de 28 anos foram espancados (um deles até ficar inconsciente) na Paulista. No dia seguinte, um casal de rapazes foi agredido na Rua Frei Caneca por um homem que portava um soco inglês.

12 de dezembro: Já conhecidos como “Ato Anti-homofobia no Facebook”, o grupo convoca um “beijaço” em frente à Doceria Ofner da Alameda Campinas, em resposta à discriminação sofrida por um casal homossexual que se abraçava dentro do estabelecimento. Um funcionário os repreendeu falando que ali “era lugar de família”, e que eles não deveriam se comportar como “veados”. A manifestação reuniu cerca de 500 pessoas.

21 de dezembro: Uma garota levou socos e empurrões após beijar uma amiga na Rua Augusta.

Início de janeiro de 2011: Um casal de lésbicas levou chutes e pontapés dentro de uma lanchonete da rede McDonald´s, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

16 de janeiro: Thiago da Silva Vallin, de 25 anos, morador de um condomínio da Rua Bela Cintra, agrediu um morador de 53. A vítima teve de ser hospitalizada na Santa Casa. O ataque aconteceu depois de várias ameaças e agressões feitas por Thiago e que já tinham sido denunciadas pela vítima.

25 de janeiro: Um grupo de rapazes vestidos de preto atacou com garrafas um estudante de 27 anos, que levou uma garrafada no olho direito e foi parar no hospital. O ataque ocorreu num dos espaços mais frequentados pela comunidade GLBT, a esquina das ruas Frei Caneca e Peixoto Gomide.