Várias greves e mobilizações estão ocorrendo esta semana na região de Campinas. O funcionalismo municipal, em greve desde o dia 20, realiza passeatas massivas. Todos os dias, param o trânsito de toda a cidade.

Nesta terça-feira, 26 de maio, houve duas passeatas. Uma delas foi realizada pelos trabalhadores da saúde e saiu do Hospital Municipal Mário Gatti. No caminho, os servidores se encontraram com outra passeata de funcionários no centro da cidade, totalizando cerca de 2 mil trabalhadores.

O governo do Dr. Hélio Santos (PDT, PT, PCdoB) ofereceu somente 3% de reajuste, que foram rejeitados, obviamente, pelos funcionários. Eles exigem 18%.

Na cidade de Hortolândia, região metropolitana de Campinas, o funcionalismo municipal também está em greve. Lá os funcionários se enfrentam com a administração do PT.

É forte, também, a mobilização na Unicamp, que pode votar greve por tempo indeterminado esta semana. No IFCH (Instituto de Humanas), os estudantes realizaram uma assembleia nesta terça com 350 presentes para preparar uma possível greve.

Desde segunda-feira, 25, também estão em greve os trabalhadores da construção civil. Na portaria da Replan (Refinaria de Paulínia), 6 mil trabalhadores decidiram nesta terça pela manutenção da greve. Eles reivindicam 10% de reajuste e vale-alimentação de R$ 200.

Na sexta-feira, 29, é a vez dos professores estaduais fazerem uma paralisação contra o pacote do governo Serra.Os professores estão mobilizando as escolas para irem à assembleia estadual em São Paulo.

Os militantes da Conlutas e do PSTU estão recolhendo assinaturas para o abaixo-assinado endereçado ao Congresso Nacional e ao governo Lula. O abaixo-assinado tem tido bastante aceitação nas greves.

É hora de politizar e unificar as lutas, pois todas estas greves e mobilizações estão de fato lutando para que a crise econômica não seja paga pelos trabalhadores.Além disso, desses processos estão surgindo vários trabalhadores, vanguarda das greves, querendo se organizar.

Nos servidores municipais de Campinas, está se conformando um bloco de oposição ao sindicato, formado pela Conlutas, Intersindical e militantes do PSTU e do PSOL. O grupo fez um panfleto e está distribuindo na greve e pode se constituir em alternativa de direção para a categoria, que ainda é dirigida por um sindicato filiado à CUT.