Palestinos protestam com greve de fome no ‘Dia do Prisioneiro’Cerca de 1200 presos políticos palestinos em Israel entraram em greve de fome por tempo indeterminado nesse dia 17. Outros 2300 anunciaram que rejeitarão suas refeições por 24h. Os dados são do próprio serviço prisional israelense.

No dia 17 de abril, data em que se iniciaram os protestos, é celebrado o “Dia dos Prisioneiros”, quando manifestações nos territórios ocupados da Cisjordânia e da Faixa de Gaza homenageiam e exigem a libertação de todos os ativistas mantidos prisioneiros por Israel. Calcula-se que haja mais de 4800 militantes palestinos nos cárceres israelenses.

A luta dos palestinos encarcerados dá continuidade àquela que já ficou conhecida como a “Intifada da fome” – uma série de rebeliões em presídios, com greves de fome, que ganharam repercussão e deram impulso à luta por libertação nas ruas. Essas jornadas estão conquistando a libertação de alguns priosioneiros, como Hana Shalabi – suposta militante da Jihad Islâmica. Já libertada, Hana declarou à imprensa: “estou livre e venci. É uma vitória contra o inimigo”.

Hana era uma dos pelo menos 320 palestinos mantidos sob o regime da “detenção administrativa”, ou seja, presos sem sequer serem informados do que lhes acusam e sem que Israel tenha que apresentar qualquer prova.

Além de denunciar maus tratos e exigir liberdade e direito de defesa, a nova onda de greves de fomes dá fôlego à causa palestina e pressiona ainda mais o Estado policial de Israel, já acuado pelos ventos das revoluções no Norte da África de Oriente Médio.