A oficina “Imperialismo e Internacionalismo” ocorreu neste sábado, dia 25, no prédio da PUC, das 14h30h às 17h30. Contou com a participação de Valério Arcary (historiador e dirigente do PSTU), Miguel Porta (Bloco de Esquerda de Portugal) e, coordenando a mesa, Álvaro Bianchi (editor da revista Outubro). A sala 701 acomodou apenas uma parte do grande número de interessados. Cerca de 150 pessoas participaram do evento, demonstrando suas preocupações com a guerra eminente, além de temas como ALCA, crise do capitalismo.

A exposição de Arcary situou historicamente o imperialismo e as experiências revolucionárias das Internacionais. Para ele, a reconstrução da Internacional revolucionária desenvolve-se dentro do “espírito das Internacionais”.
A atualidade do Estado-nação também foi discutida. Contrapondo-se às posições teóricas como de Antonio Negri, autor de “O Império”, o historiador considera que ainda hoje não existe demonstração da existência de “burguesias sem raízes nacionais”. Portanto, as relações entre o capital e os Estados manteriam-se vivas. Exemplo disso seria o caso italiano e norte-americano, nos quais ocorrem intervenções estatais nas crises que se apresentam para empresas como a Fiat e General Eletric. Por outro lado, o imperialismo mostra-se mais forte do que em outros períodos históricos. Ainda sobre a nação, Valério considera que a luta por sua defesa nos países periféricos é revolucionária e somente levada a cabo pelos trabalhadores.

Miguel Porta, por sua vez, considera que no plano internacional algo novo estaria ocorrendo. Haveria um novo território para a luta anticapitalista, com a emergência de “um novo sujeito social”, presente nos movimentos antiglobalização e nos Fóruns Sociais Mundiais, por exemplo. Para ele, a questão principal seria como se expressaria politicamente essa subjetividade.