Operação é a maior já realizada desde o início da ocupaçãoEm resposta à crescente resistência iraquiana, as forcas de coalizão prenderam 285 iraquianos neste fim de semana, na maior operação já realizada desde a invasão, em 2003. A missão foi realizada perto de Bagdá, nos arredores de Abu Ghraib, em conjunto com o exército que está sendo formado no país.

Segundo informe do exército dos Estados Unidos, os presos seriam “suspeitos de terrorismo”, e a operação teria o objetivo de “expulsar, matar ou capturar terroristas que planejaram ataques na capital iraquiana”.

Os ataques dos rebeldes iraquianos aumentaram vertiginosamente nos últimos meses. Em 2004, foram 25 ataques com carros-bomba, ao passo que, somente desde março deste ano, já ocorreram 126. Cerca de 500 pessoas morreram em maio, três semanas depois do anúncio da composição do governo fantoche. Os alvos prediletos, além dos soldados invasores e os do exército iraquiano – cúmplice e colaborador de Bush -, são altos funcionários do governo e parlamentares.

Apesar das promessas de que as eleições de janeiro pacificariam e contribuiriam para recuperar o Iraque, o que se vê desde então é que a situação piora continuamente, tornando-se cada vez mais insustentável. Por isso, o rechaço aos invasores aumenta e surge sob a forma de mais ataques e protestos.

No dia 12 de maio, o ministro iraquiano do Planejamento divulgou estatísticas alarmantes: 85% dos iraquianos não dispõem de energia elétrica freqüente, 54% têm água potável e apenas 37% contam com sistema de esgoto. Estes números, somados à violência e ao massacre provocados pelos norte-americanos, atestam a legitimidade e a urgência das ações da resistência, em busca da soberania do país.