Nesta terça-feira, acontece a audiência de conciliação em CampinasA ocupação na empresa LG Philips, em São José dos Campos, continua nesta terça-feira, dia 3. Os trabalhadores ocuparam o lugar na manhã de ontem e dormiram no local. Eles exigem o pagamento total das indenizações trabalhistas aos 1.125 funcionários ameaçados de demissão.

Na tarde de hoje, às 13h30, será realizada uma audiência de conciliação, no tribunal de Campinas. Isto porque a empresa entrou com um dissídio coletivo, em razão da ocupação.

“Vamos lá tentar negociar, mas não vamos aceitar qualquer desculpa. Eles ficam divulgando para a imprensa que vão pagar todos os direitos, mas na hora de negociar de verdade a conversa é bem diferente”, afirmou o presidente do Sindicato, Adílson dos Santos, o Índio.

A LG Philips (que há dois meses mudou seu nome para LP Displays) anunciou, no início de junho, que iria fechar a planta de São José dos Campos até agosto e, durante as negociações dos direitos dos trabalhadores, apresentou um valor rebaixado para o pagamento destes direitos, prejudicando principalmente os trabalhadores lesionados, que só receberiam metade da indenização.

“Não podemos aceitar isto. Estes trabalhadores lesionados têm que receber tudo o que têm direito, pois será muito difícil para eles conseguir outro emprego se a LG Philips fechar. Além disso, são vítimas da própria empresa e não podem ser tratados desta maneira”, afirmou o presidente do Sindicato, Adílson dos Santos.

A dívida da empresa com as indenizações é de R$ 137 milhões, mas a fábrica ofereceu apenas R$ 42 milhões.

A produção da empresa está 100% parada. A ocupação é por tempo indeterminado.

Ato Público
Na próxima quinta-feira, 5 de julho, acontece um ato unificado no portão da fábrica, com a presença de trabalhadores das fábricas da LG Philips de Santo André e Suzano e uma delegação de Recife.

As plantas da LG Philips destas unidades também estão sendo ameaçadas de fechar.

A manifestação será em defesa do emprego de quase 2.000 trabalhadores e contra o fechamento da empresa, reivindicando a intervenção do poder público.

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