Trabalho de graduação e visita de delegação francesa colocam o movimento em discussãoA ocupação do Pinheirinho, reconhecida como uma das maiores do país, foi tema de um trabalho de conclusão de curso de um estudante de jornalismo da Universidade de Mogi das Cruzes (SP). O universitário Carlos Eduardo Batista, 24 anos, retratou, numa história em quadrinhos, o nascimento da ocupação. O trabalho conta desde a tomada das casas no Campo dos Alemães até a ida ao terreno abandonado conhecido como “Pinheirinho”.

Carlos Eduardo detalha, com uma linguagem que às vezes chega a ser romanceada, o drama das famílias que lutam por moradia, o descaso das autoridades e a forte repressão da polícia. Apresentado no último dia 11, o trabalho foi bem recebido pelos professores, segundo o estudante. “Com este trabalho, pude contribuir com a luta dos sem-teto. Pretendo produzir a continuação da história”, concluiu.

Franceses visitam o Pinheirinho
No dia 11, os movimentos sociais de São José, em particular o Pinheirinho, receberam a visita de uma comissão com representantes de movimentos populares da França.

Convidados pela CMP (Central de Movimentos Populares) e pela ONG Polis, eles vieram conhecer os movimentos da cidade e ficaram impressionados. “O Pinheirinho é uma das ocupações mais organizadas que já vi”, disse Edwige Le Net, que dirige a organização Droit au Logement.

A francesa também criticou a postura da Prefeitura de São José e achou um absurdo a chamada “lei Hayashi” (que cortou a assistência social aos sem-teto). “Medidas como essa não são tomadas nem mesmo em locais de guerra”, criticou.