Manifestantes exigem tratamento igualitário para ativos e aposentadosO Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro segue ocupação da sala de negociação no 15º andar da Torre Garagem, anexo ao Edifício Torre Almirante (Edita) da Petrobrás. O movimento começou às 20h de terça, 20 de outubro, após a companhia apresentar mais uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho que discrimina os aposentados.

A empresa impediu o acesso ao local. Só permite a entrega de alimentos e objetos de extrema necessidade. Os manifestantes pediram um aparelho televisor, mas a solicitação foi negada. A entrada da imprensa foi vetada. Dentro da sala ocupada, há apenas um computador com acesso à internet. É desse modo que os petroleiros têm recebido dezenas de mensagens de incentivo e solidariedade oriundos do Brasil inteiro. Importantes entidades encaminharam moções de apoio, como a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET), a Federação Nacional das Associações de Aposentados, Pensionistas e Anistiados do Sistema Petrobrás e Petros (Fenaspe), a Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionista da Petrobrás (Astape), além dos conselheiros eleitos da Petros (Plano de Previdência dos Trabalhadores do Sistema Petrobrás).

Em paralelo com a ocupação do 15º andar, petroleiros realizam atividades ao longo de todo o dia na frente da entrada principal do Edita. Com carro de som e panfletagem, os manifestantes explicam para a população o que acontece dentro do prédio. A partir dessa quinta, 22, a direção do Sindipetro-RJ começa também a panfletar no local cartilhas da campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso.

“A nossa luta pelo fim da discriminação é uma luta para unir a categoria. Essa união pode fortalecer a defesa do nosso petróleo e potencializar a luta pela retomada do monopólio estatal. Queremos uma Petrobrás 100% pública em consonância com os anseios populares”, destaca Emanuel Cancela, coordenador do Sindipetro-RJ, um dos trabalhadores ocupados no Edita, que ressalta disposição dos participantes do movimento: “Estamos confiantes que a categoria vai abraçar essa bandeira pelo fim da discriminação covarde contra os aposentados”.

O que a direção da Petrobrás quer esconder?
A equipe da Agência Petroleira de Notícias recebeu como informação da Gerência de Imprensa da Petrobrás que em manifestações trabalhistas e greves de funcionários da empresa a orientação padrão é não permitir a cobertura jornalística dentro das instalações da companhia.

Encaminhamento lamentável para uma instituição que apontou uma prática comunicativa tão interessante como o “Blog da Petrobrás”, numa alternativa à manipulação da grande mídia.