Depois da onda privatizante que varreu a América Latina na década de 1990, as instituições financeiras mundiais – FMI e Banco Mundial – vêm recomendando uma nova forma de privatização dos serviços públicos: as Parcerias Público-Privadas (PPPs).

De acordo com o projeto das PPPs, obras de empreendimento em infra-estrutura seriam realizados por empresas privadas que receberiam dinheiro público para realiza-las. Ou seja, teriam seu lucro garantido por meio do financiamento do Estado. O projeto ainda prevê que, para garantir o cumprimento das obrigações com o “parceiro privado”, no caso as empresas e empreiteiras, o governo pode vincular suas receitas tributárias a esse pagamento ou ainda vender os próprios bens da União.
Esses empreendimentos poderão ser estendidos a áreas como saneamento, estradas e escolas. Contudo, a aprovação das PPPs não garante o fornecimento de serviços públicos de qualidade para a população, e ainda pode significar um aumento das tarifas públicas, já que esses serviços passariam a ser controlados pelas empresas operadoras. Dessa forma, a população mais pobre do país corre o risco de ficar sem acesso a esses serviços.
Além disso, as PPPs podem se tornar uma grande fonte de corrupção.
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