Muitos podem estar fazendo esta pergunta hoje. No entanto, as eleições nos EUA têm importantes reflexos aqui também. Apesar das bravatas de Lula, quem dá as cartas na nossa economia é o imperialismo norte-americano, que concentra 30% do PIB mundial. É o governo dos EUA que determina a aplicação de um plano econômico que mantém baixos os salários dos trabalhadores, enquanto bilhões são retirados da saúde e da educação para pagar as dívidas. Foi o imperialismo que determinou os planos de abertura econômica e privatização de FHC, colocando nossa economia nas mãos do capital estrangeiro. E, agora com Lula, exige as reformas, para retirar direitos históricos dos trabalhadores e reduzir o “custo” da mão-de-obra brasileira.

Nossa economia segue sendo dependente da dos EUA, o que faz com que todos os analistas econômicos voltem os olhos para a disputa à Casa Branca. Além da presença maciça das multinacionais norte-americanas, explorando a mão de obra e remetendo os lucros para suas matrizes, os EUA ainda são o principal destino das exportações brasileiras, com destaque para a agricultura. Sozinho, o país comprou 15,6% de tudo o que o Brasil exportou em 2007.

Além da economia, a dependência se desdobra no aspecto político. Cumprindo ordens do imperialismo, Lula enviou soldados brasileiros para ocupar o Haiti, que, assim como os soldados no Iraque, são acusados de violações aos direitos humanos. Democratas e republicanos sabem que continuarão precisando de aliados como Lula, para manter o seu controle sobre as riquezas naturais e os povos do mundo.
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