Redação

A relação que os socialistas têm com os grandes dirigentes revolucionários, como Trotsky, não pode ser a de uma admiração cega, ou de uma veneração mística. Ser trotskista é, antes de tudo, defender e divulgar o legado de Trotsky, suas contribuições, suas elaborações.

Ser trotskista é ser internacionalista: é compreender que não há saída para a humanidade a não ser na unidade da classe trabalhadora em escala mundial. Essa compreensão deve necessariamente se expressar no esforço por construir uma organização mundial revolucionária que seja capaz de travar a luta pelo socialismo em todo o mundo.

Ser trotskista é defender a democracia operária: os trotskistas são os maiores lutadores contra a burocratização dos sindicatos e organizações operárias. Os trotskistas lutam para que as decisões da base sejam respeitadas, para que não haja privilégios para os dirigentes sindicais, para que as eleições sindicais sejam limpas e sem violência, para que os trabalhadores controlem suas organizações e seus dirigentes, e não o contrário.

Ser trotskista é defender a independência de classe: os trotskistas acreditam que trabalhadores e burgueses têm interesses absolutamente opostos. Por isso, são contra qualquer governo em que participem empresários e patrões. A burguesia é a classe mais rica, mais consciente e mais organizada da sociedade. Assim, sempre que empresários e trabalhadores se unem, o resultado é que os trabalhadores são, primeiro, enganados e, depois, derrotados. Os trabalhadores só devem confiar em suas próprias forças.

Ser trotskista é construir um partido que seja uma organização de combate político, não um clube de “amigos” do socialismo, uma legenda eleitoral ou uma corrente sindical. Para ser uma arma nas mãos dos trabalhadores, esse partido deve ser coeso, disciplinado, e ao mesmo tempo democrático. A história demonstrou que só assim é possível vencer. A luta por esse tipo de partido foi iniciada por Lenin e continuada por Trotsky. E está agora em nossas mãos.
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