Frente aos ataques, apenas a mais ampla unidade na luta dos trabalhadores pode derrotar as medidas dos governos europeus. No entanto, as principais centrais sindicais da Europa não estão seguindo esse caminho. As direções sindicais tinham a oportunidade de chamar um dia unificado de paralisação em toda a Europa que envolvesse, sobretudo, França, Espanha e Grécia.

Mas esse não foi o rumo adotado. Os dois primeiros países realizarão paralisações em dias diferentes, e as direções sindicais da Grécia sequer marcaram uma nova greve geral, apesar da ampla revolta. A ausência dessas medidas pode cobrar um preço alto dos trabalhadores, pois permite que o governo mantenha a ofensiva contra seus direitos.

A situação é ainda mais dramática na Espanha, que registra um dos maiores índices de desemprego em razão da crise econômica. O apoio das principais centrais do país, a CC.OO (Comissões Operárias) e a UGT (União Geral dos Trabalhadores), ao governo resultou na aprovação da reforma trabalhista.

“É escandaloso o apoio incondicional que os dirigentes dos chamados sindicatos majoritários oferecem ao governo Zapatero durante todos estes anos. Enquanto entregavam direitos dos trabalhadores, contemplavam de forma passiva o crescimento do desemprego, contribuindo para os milhares de demissões. Segundo eles, ‘não havia razões para uma greve geral’. E depois, quando resolvem convocá-la, a convocam após três meses de aprovação da reforma trabalhista”, denuncia a Corriente Roja.

A corrente sindical conclui com um chamado unitário para o dia 29 e convoca a continuidade da mobilização, além de sua unificação com as lutas do restante da Europa, até derrotar a reforma trabalhista e o conjunto dos ataques.
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