É preciso defender uma Petrobras 100% estatal. Ou seja, uma empresa que sirva como instrumento estratégico de aplicação das políticas energéticas e da soberania nacional.

O petróleo deve voltar a ser nosso. Por isso, é preciso retomar, sem indenização, todos os blocos exploratórios e campos petrolíferos que estão sob o domínio e o controle das “Big Oil”. Além disso, defendemos a nacionalização de todas as empresas petrolíferas e distribuidoras de gasolina e de gás que operam aqui no Brasil. A restatização da empresa deve ser integrada em toda a cadeia produtiva: exploração, produção, transporte, refino, importação/exportação, distribuição e petroquímica.

Gasolina e gás mais baratos
No Brasil, o preço do litro da gasolina está em torno de R$ 2,80. A extração de um barril de petróleo (159 litros) varia entre US$ 1 dólar (na Arábia Saudita) a US$ 15 dólares (nas plataformas marítimas). Com isso, o custo médio mundial de extração e refino de um barril de petróleo bruto é de US$ 9,28 dólares.
No entanto, o preço internacional do barril está cotado entre US$ 80 e US$ 104 dólares. Portanto, no Brasil a diferença entre custo de produção e preço de venda é uma das maiores do mundo.

Hoje o Brasil já garante sua auto-suficiência. Nossa produção está bem acima da capacidade de consumo do país. O problema é que o excedente extraído é mandado para o mercado externo, e os altos preços da gasolina no Brasil garantes os lucros dos acionistas privados da Petrobras.

Com o monopólio estatal e a Petrobras 100% estatal, poderemos acabar com o alinhamento dos preços do petróleo ao mercado internacional. Isso significa que uma redução do preço do combustível que poderia custar menos de R$ 1 por litro.

A medida teria impacto imediato na redução do custo de vida dos trabalhadores. Em primeiro lugar, porque seria uma medida eficiente para deter a inflação e até reduzir os preços. O preço da passagem de ônibus seria irrisório e os alimentos custariam menos. E o gás de cozinha poderia, inclusive, ser distribuído gratuitamente para a população mais carente, de forma subsidiada pelo Estado.
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