Com a saída de Fidel, o governo de Bush declarou que manterá o odioso bloqueio econômico, que aprofunda a miséria de Cuba e deve ser repudiado por todos.
Hoje os “gusanos” detêm um enorme poder econômico e político nos EUA. São parte da burguesia norte-americana, como proprietários de grandes empresas.

Também têm uma grande importância eleitoral e financiam campanhas de candidatos democratas e republicanos. Nas últimas eleições presidenciais, o apoio dos “gusanos” a Bush foi fundamental para sua vitória. A poderosa burguesia exilada nos EUA só aceita relações com Cuba em base à recuperação do poder e de suas antigas propriedades. Os derrotados sonham em retomar suas riquezas. Isso explica por que o imperialismo mantém o bloqueio, enquanto adota uma postura diferente com o governo da China.

Mas o imperialismo europeu questiona cada vez mais o bloqueio norte-americano. Em 2005 a ONU condenou pela 14º vez consecutiva o bloqueio a Cuba. Essa posição foi ainda “abençoada” pelo papa João Paulo II, que em 1998 visitou a ilha. Na verdade, os representantes do capital europeu pressionam por uma maior abertura da economia cubana. Isso porque a restauração capitalista beneficiou, sobretudo, as multinacionais do velho continente. Exceto o Canadá, os países que mais investem em Cuba são Espanha, Itália, França e Inglaterra.

Muitos capitalistas norte-americanos não podem aproveitar as “oportunidades” da restauração, ficando atrás da burguesia européia. Por isso, importantes setores da burguesia dos EUA reivindicam o fim do bloqueio.

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