O pacto não é apenas uma proposta para ser discutida na direção da CUT, tem conseqüências diretas nas lutas salariais. As direções dos sindicatos, ligados à maioria da CUT, estão tentando evitar as greves por aumentos reais de todas as formas. Isso já se expressou nos metalúrgicos, e agora é a hora dos bancários.

Estamos em meio a uma rebelião de base dos bancários, contra o acordo entre os banqueiros e a Articulação, que propõe um reajuste de 8,5%, que a base encara como inferior ao do ano passado. A proposta é um absurdo, comparada com os altíssimos lucros dos banqueiros e as perdas dos últimos anos, como vimos acima. Os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal tiveram seus salários reduzidos à metade nos últimos dez anos.

A revolta entre os bancários é tamanha, que só a direção do Sindicato de São Paulo está defendendo a proposta, rejeitada em boa parte dos sindicatos do país. Do lado oposto da Articulação, estão os ativistas de base e as diretorias articuladas ao Conlutas.

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