A divisão mundial do trabalho reservou ao Paraguai uma posição de total submissão as demandas do mercado internacional, sobretudo, no que diz respeito a produção de soja.

A soja representa cerca de 60% das exportações e o campo de conjunto emprega 44% da mão-de-obra ativa da população. Ou seja, trata-se de um país muito pobre, totalmente dependente das oscilações do mercado, e com um parque industrial praticamente inexistente.

A concentração das terras, assim como no Brasil, é impressionante. Aproximadamente 77% da área do país estão nas mãos de 1% dos proprietários de terra. O mais espantoso é que grande parte deles são brasileiros, que constroem seus latifúndios a partir da compra de terras a um preço cinco vezes menor que no Brasil.

Todo esse processo expulsa os camponeses de suas terras e gera uma massa de desempregados, que não é absorvida pela cidade. Instala-se, portanto, uma crise social sem precedentes, na qual mais uma vez quem paga o preço do monocultivo da soja é o trabalhador.

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