O cardápio do banquete dos ricos torna-se cada vez mais farto. No ano passado houve um aumento brutal do chamado consumo de luxo no país. Carros luxuosos, mansões paradisíacas, iates, helicópteros, jóias, acessórios e canetas cravejadas de diamantes são negociados nesse mercado que não pára de crescer e que faturou, só em 2006, US$ 3,9 bilhões.

Circulando pelos redutos do luxo nacional, em São Paulo, a Daslu e as lojas da rua Oscar Freire, podem ser vistas dondocas que aproveitam as “promoções” de grifes como Prada e Louis Vuitton, onde uma bolsa pode custar a bagatela de R$ 2.480.
O Brasil está em segundo lugar no consumo de luxo, atrás apenas dos EUA. Apesar da miséria exposta, somos o segundo país com maior índice de jatos e helicópteros particulares.

Miseráveis e pobres
O jornal Folha de S. Paulo mostrou como vive uma família pobre cujo rendimento per capita é de R$ 125 por pessoa, exatamente a quantia estipulada pela FGV para diferenciar o miserável do pobre. Segundo a reportagem, as crianças da família, que vive próxima à Baixada Fluminense, não têm o que calçar, vestem-se todos os dias com as mesmas roupas, dormem no chão sem piso de um casebre sem banheiro e brincam em um riacho de esgoto. A luz é clandestina. O esgoto, uma vala negra que corre no quintal. A diferença entre miseráveis e pobres fixada nos frios números da estatística, na prática, não existe.

Desnutrição
A desigualdade social faz com que um brasileiro da camada mais pobre seja mais magro e mais baixo do que um brasileiro de renda mais alta.
Segundo uma Pesquisa de Orçamentos Família (POF), um brasileiro pobre quando completar 19 anos será 9,7 quilos mais magro e 5,9 centímetros mais baixo do que um rico da mesma idade.

ÇEducação
A taxa de analfabetismo do Brasil é superior à média da América Latina e do Caribe em 2005, segundo dados da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). Em 2005, 11,7% da populção era analfabeta. A média da região era de 9,5%. O desempenho do Brasil se aproxima do da Bolívia, de 11,7%, um dos países mais pobres do continente.

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