Brasília, Rondônia, Alagoas… São tantos escândalos que muitas pessoas perderam sua capacidade de indignação. A corrupção é uma praga indissociável do sistema capitalista. Sua causa é a própria existência de uma sociedade em que impera uma enorme desigualdade. Em lugares onde se movimenta grandes somas de dinheiro e na há a menor fiscalização, como nos altos cargos do Estado, sempre haverá alguém que poderá começar a roubar. De nada adiantaria colocar alguém para controlar o corrupto, pois esse também poderia ser comprado. Com a globalização e o neoliberalismo, a corrupção aumentou ainda mais.

A corrupção poderá continuar existindo, é um mal em todos os regimes em que uma minoria privilegiada controla o aparato de Estado, sem controle da maioria. Os Estados capitalistas representam os interesses de uma minoria privilegiada da sociedade, a burguesia, por isso possuem regimes corruptos. Mesmo nos países nos quais o capitalismo foi expropriado (Leste Europeu, URSS etc.), mas que funcionavam como ditaduras burocráticas, a corrupção corria solta.

Desde que assumiu o governo, o PT promoveu um streap tease moral e sua fama de partido “ético” caiu por terra. E o que é pior: ao tentar abafar os escândalos, o PT compra o voto de deputados, em uma das formas mais vergonhosas de corrupção.
Por outro lado, é um engano achar que a corrupção é algo exclusivo do Brasil. Nos EUA, por exemplo, os escândalos da Eron expuseram casos de corrupção de grandes figuras do governo Bush. Na Itália, o premiê Silvio Berlusconi está sendo julgado por compra de juízes em uma privatização nos anos 80. Ele pode até ser preso depois que deixar o governo. Em países da América Latina, como Equador e Peru, a corrupção levou as massas a derrubar inúmeros governantes.

Post author Jeferson Choma, da redação
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