Não se conseguirá aumentar radicalmente o salário mínimo, resolver o problema do desemprego, fazer a reforma agrária, romper com o FMI e a Alca, sem uma revolução socialista no país. O fim das expectativas de mudanças através de Lula deve significar também um balanço claro da “via eleitoral”. Nós afirmamos: só uma revolução socialista mudará o país.

Sabemos que uma revolução não ocorrerá amanhã. Ainda estamos aquém do nível de mobilização, organização e consciência das massas necessários. O Brasil está na retaguarda dos processos da América Latina. Mas é necessário apontar a necessidade estratégica da revolução, como alternativa a mesmice eleitoral que só provoca desilusões.

Não se trata também de uma postura ultra-esquerdista de negar a participação eleitoral. Enquanto as massas acreditarem nas eleições, nós do PSTU, participaremos delas. Mas não temos ilusões em que se mude o país pelo voto. Apostamos na mobilização de massas e acreditamos que a falência do governo Lula pode favorecer a eclosão de grandes mobilizações, que possibilitem a derrota deste, ou de qualquer governo que venha a ser eleito em 2006.

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