Garibaldi Alves Filho, senador pelo PMDB do Rio Grande do Norte, após pressão do vice-Presidente da República e Presidente do PMDB, Deputado Michel Temer, foi confirmado pela Presidente eleita Dilma Rousseff para o comando do Ministério da Previdência Social.

Logo em suas primeiras declarações já fica explícito os objetivos do novo governo para esta importante área. O Portal Terra divulgou declarações do novo ministro repetindo o mesmo discurso de que o grande problema da Previdência Social é o seu déficit e admitindo a necessidade de uma nova Reforma da Previdência.

Questionado sobre a razão do ministério não ter se mostrado capaz de resolver os problemas do setor, apesar de avanços na redução das filas e na resolução dos problemas de aposentadoria, Garibaldi afirmou: “Esse é um grande desafio porque o Ministério não tem se revelado capaz de enfrentar o problema da Previdência”, disse e ainda completou: “Mas o problema grave mesmo é o déficit da Previdência”, afirmou.

Ao Portal, o futuro ministro admitiu fazer a reforma da Previdência. “A reforma da Previdência será uma decisão da presidente, mas com todo governo. Esse será um assunto de repercussão no governo todo”, disse.

Mentiras
O que o novo Ministro não fala é que a Previdência Social é superavitária, ao contrário do que é afirmado pelo governo. Se os sucessivos governos fossem proibidos de desviar dinheiro da Previdência Social para outras áreas, este problema já teria sido resolvido há muito tempo.

Todos os anos se desviam verbas da Previdência Social para se garantir as metas de superávit primário, mecanismo criado para economizar dinheiro que seria fundamental para garantir um salário digno para os aposentados e pensionistas, para pagar “religiosamente” os juros e amortizações da dívida pública. É isso mesmo, mais dinheiros para os banqueiros e menos dinheiros para se investir em educação, saúde, habitação e saneamento.

Foi contra estas medidas anunciadas pela grande imprensa, que visam atacar ainda mais os direitos dos trabalhadores, que no último dia 25 de novembro se reuniram em Brasília várias entidades do movimento sindical e popular, como a CSP-Conlutas, FST, Cobap, MTL, MTST, Intersindical, entidades ligadas a outras centrais sindicais, entre outras, para começar a construir um plano de ação que resista aos ataques e defenda os direitos dos trabalhadores e do povo pobre.

No dia 27 de janeiro, este mesmo coletivo de entidades volta se reunir em Brasília para definir de forma mais concreta o calendário de atividades e mobilizações que ocorrerão já no primeiro semestre do ano que vem.